terça-feira, março 13, 2007

Então era isso que eu sentia...

Andava já algum tempo com a sensação que não conseguia concluir nada. Até que, em conversa com a minha melhor amiga, me apercebi a origem de tamanha sensação de frustação. Querem saber a causa tão bem colocada em palavra, leiam aqui...
Ao que respondi:
"É a minha grande frustração, essa de ter a sensação de que não vou chegar aos calcanhares de mães como as nossas. Antes da nossa conversa, já tinha dado por mim a pensar como é que a minha mãe conseguia criar dois filhos com dois anos de diferença, trabalhar e tratar da casa. Tenho sempre a sensação que me falham muitas coisas principalmente desde que o Gui nasceu. Acho que se deve precisamente ao exemplo das nossas mães, sempre infaliveis, incansáveis, sempre de olho em nós mas com o amor do tamanho do mundo. A minha é assim: trabalhadora, formiguinha até, mas doce e sempre pronto a dar vida pelos dois filhos. A prova está na situação do meu irmão, sempre pronta a dar o seu raspanete para depois dar o seu empenho para ajudar até não poder mais.
A Su tem razão quanto ao termos tanta informação que devoramos porque achamos que isso nos vai ajudar ser melhor pai ou mãe. Mas não, acho que às vezes atrapalha. Há uns tempos, ouvi o dr. Daniel Sampaio dizer que os pais lêem muito mas depois não sabem aplicar o que lêem.
Nunca mais me esqueceu as palavras da minha obstetra dias antes do Gui nascer: "não se preocupe que ele ensina-a a cuidar dele", resposta ao meu receio natural como mãe de primeira viagem. Não foi fácil no inicio e este novo papel(a juntar aos outros que já tenho) está apenas no começo. Depois há sempre gente a apontar falhas, até gente com experiências que se distanciam apenas por uns meses.
Também espero que o meu filho me olhe com a mesma admiração que eu tenho pela minha mãe apesar de todos os choques que temos tido. Como conselheira, é a pessoa que mais tenho seguido, pois nem sempre sigo as revistas ou o conselho da médica. É por intuição muitas vezes e acho que o meu bébé é feliz...é isso que importa no final do dia: o sorriso do meu bébé quando eu chego. Significa que até me estou a "safar"."

As nossas mães parece que estudaram pela mesma cartilha, apesar que nunca se falaram.
Obrigada, mãe!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu acho que sou uma boa mãe, pelo menos tento sê-lo. Apontem ou não falhas em mim, eu tenho consciência de faço o melhor para o meu Daniel. E amiga tenho a certeza que os nossos filhos vão dizer que têm muito orgulho nas suas mães, pois ensinaram-lhe o melhor e que por eles fizeram tudo. Não puderiam ter tido melhores mães!!!
Beijocas e bom fim de semana