terça-feira, outubro 24, 2006

Um ano

Como o tempo passa!...
Sei que isto é um lugar-comum mas de facto é verdade.
Há um ano a mãe e o pai puderam finalmente ver-te, sentir-te, cheirar-te (sim que o cheiro do nosso bébé é sempre especial). Ontem, recordávamos o dia 19 de Outubro, dia em que entrámos na MDM, para que tu nascesses. Já estava ansiosa naturalmente, mas, quando na ultima consulta, dia 14, a dr. T. me disse que se não nascesses até esse dia para eu me dirigir à maternidade porque ela estava de serviço.
A mãe andou naqueles últimos dias muito nervosa pois não sabia o que ia acontecer. Depois de muitas horas de espera e dores(apesar de uma certa injecção milagrosa), nasceste no dia 20 de Outubro de 2005 às 5h30 de parto natural. Quando te vi, pensei "tão grande!!". Soube depois que tinhas 3kg e 700. Quando te levaram para te limpar, o pai já não te largou. Só eu fiquei triste pois levaram-te tão depressa. Só te peguei já estavamos no quarto. Pensei "és tão lindo". Já estavas a ficar rosadinho e com a pele lisinha.
Três dias depois, deixaram-nos vir embora. Eu saí da maternidade com um sentimento misto: felicidade e receio. Estava feliz por finalmente estares cá fora e receio pela nossa nova vida. Cheguei a pensar: "mas eles vão deixar-me ir embora contigo, assim?!". Até porque tinhas perdido peso a mais e o meu medo é que não conseguisse tratar de ti. Após um mês atribulado entre pesagens dia sim dia não e uma constipação que a mãe te pegou(levando a um internamento no hospital aos vinte dias), tu começaste a desenvolver bem e és hoje este menino lindo, amoroso, brincalhão e sobretudo comilão.
És um garoto simpático, amigo da mãe, do pai, dos avós e de todos que te mimam (no bom sentido). As crianças que te tratem bem têm um fã. Adoras a Daisy, a esquiva da Lady Branca(tens ali uma protectora, por mais que lhe puxes o rabo, mas nunca fiando) e do filhote da Daisy.
Estás agora muito teimoso mas é próprio da idade. Esta semana, começaste a dormir melhor e a deixar a mãe dormir. Já tens mais confiança em andar sozinho e ficas orgulhoso com a "proeza" quando te apercebes que alguém está babado(a) a ver.
Amo-te muito com todo o meu ser. Amo-te como nunca pensei amar alguém. Penso em ti quase todo o tempo e tenho saudades de ti quando estou a trabalhar. Na primeira noite que dormiste longe de mim, pensei que ia dormir finalmente uma noite inteira. Enganei-me. A tua ausência e todo aquele silêncio incomodaram-me. Acordei várias vezes e estranhei. Só depois me lembrei que estavas a dormir no andar de baixo ao pé da avó L. Quando contei a toda a gente, todos se riram menos o pai. Também ele estranhou o silêncio e a tua caminha vazia.
O teu sorriso aquece-me a alma. Por vezes, dou por mim com um sorriso de orelha a orelha a olhar para ti embevecida. Penso para mim que afinal consegui ter um milagre na minha vida, mesmo que a vida não sorria e os dias sejam dificeis. És o meu sol, a minha luz...
A mãe.

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